Arte: Jader Correa |
Eric Clapton foi
considerado um deus da guitarra. Isto é um pouco demais. Mas o importante é que
os brasileiros tiveram a oportunidade de ver o melhor show internacional que já
veio para cá. È indiscutível o carisma de Clapton e a capacidade de satisfazer
gerações, pois como explicar a diferença de idade entre as 17 mil pessoas que
foram ao Gigantinho, no dia 16 de outubro de 1990. E não é só a questão de ir,
mas sim de participar, tanto pela euforia como cantando em diversas músicas. É
de se ressaltar que o show do Clapton não é de apelo comercial e sim levado
para o rythm’n’blues. Mas vamos ao show.
Pontualmente às
21h30 as luzes se apagam, o público fica eufórico e começa a ouvir-se a parte
instrumental de “Layla”, toada só pelo teclado. Logo Mr. Eric Patrick Clapton sobe
ao palco para delírio do público. “Pretending”, música do último Lp de Clapton
– Jorneyman, abre o show, mais umas músicas e ele ataca de “I Shot the Sheriff”
de Bob Marley é o primeiro hit da noite, sem dar fôlego vem “White Room”,
música de sucesso da época que Clapton tocava no Cream. A partir daí rolou
muito rythm’n’blues e o melhor da noite, um super blues onde Eric mostrou que
sua paixão pelo blues supera qualquer fama que outras músicas mais comerciais
possam lhe dar. Eric Clapton já estava totalmente entregue ao show,
apresentando certamente uma das melhores performance de sua turnê pelo Brasil.
O público delirava com o show, aplaudia e urrava a cada música executada. O
show foi chegando ao seu clímax e Clapton atacou com a romântica “Wonderfull
Tonight”. Logo vieram as clássicas “Cocaine” e “Layla”. Tinha chegado ao fim,
após 2h, o melhor show que Porto Alegre já imaginou poderia ver.
Mas ainda era
pouco, Eric volta sozinho e faz umas improvisações na sua guitarra Fender
Stratocaster preta, logo a banda já está no palco e o rock’n’roll volta a rolar
por mais 30 minutos onde cada um dos músicos mostram pro que acompanham
Clapton. A banda: Tessa Niles e Katie Kisson nos vocais, o tecladista Greg
Phillinganes, o guitarrista Phil Palmer, o baixista Nathan East, este uma
verdadeira fera do baixo que surpreendeu muito com suas excelentes
intervenções. Outro que deu um show a parte foi o percussionista Ray Cooper que
comandou o público por longos minutos ao lado do baterista Steve Ferrone. Mas
quem deu o toque final foi mesmo Eric Clapton. E após 2h30 o público saiu do
Gigantinho satisfeito, pois o show de Eric Clapton ficará na memória dos
gaúchos como um dos melhores dos últimos tempos e de muitos que ainda virão.
Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Jader Correa (RS)
Eu tava lá...
ResponderExcluirMelhor show da minha vida!!!
Clapton é de mais!!!
Foi este certamente um dos melhores shows que assisti em Porto Alegre. E olha que desde os anos 70 foram muitos shows: Santana, Joe Cocker, Rick Wakeman, BB King, Roger Waters, ZZ Top, Motorhead, Black Sabbath, Bob Dylan e tantos outros. Foi especial também porque foi no dia 16/10/1990 aniversário da minha amada Suzete Kummer: um baita presentão!
ResponderExcluirEu estava lá!! Era meu aniversário!! Sozinho e apaixonado pela Vanessa.
ResponderExcluirNa época eu morava em Caxias do Sul e meu filho me convidou para ir ao show (eu sou fã de E.C) e fomos a um dos melhores shows que tivemos no SUL, talvez o melhor . Em 2011 repeti a dose e assisti E.C em São Paulo , no Morumbri.
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