domingo, 28 de agosto de 2011

AOS 27 DO 1º TEMPO

Segundo estudos, o ser humano vive em média 80 anos. Se formos transformar nossa vida numa partida de futebol, teríamos dois tempos de 40 anos. O 1º tempo é a fase das descobertas, experiências, criatividade e inspiração. No 2º tempo – mais maduros – fica a inspiração e a criatividade, mas já com mais cautela e, muitas vezes, bastantes comedidos.


Na música, a carreira dos artistas é explosiva no 1º tempo, enquanto no 2º tempo os artistas acabam sobrevivendo de uma carreira consolidada. Não que isso seja errado, é direito dos artistas usufruírem da fama construída até a metade de suas vidas, principalmente para aqueles que tiveram muita criatividade e ainda sabem usá-la para satisfazer um determinado público.


Recentemente, a cantora inglesa Amy Whinehouse interrompeu sua carreira artística aos 27 anos, no auge de sua criatividade e inspiração, entrando para o famoso “Clube dos 27” – artistas mortos com esta idade. Só para lembrar: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones e Kurt Cobain tiveram suas vidas interrompidas nessa idade.


Para os fãs da boa música, feita com muita inspiração e criatividade, é lamentável ver estes excelentes artistas saírem do jogo da vida tão precocemente. Quanta música boa, canções maravilhosas e composições criativas teriam saído das mentes brilhantes se eles estivessem entre nós. Agora, resta a obra que ficou para ser aproveitada e apreciada pelas novas gerações.


Texto: Denílson Rosa dos Reis

Ilustração: DeLima Júnior (RS)

JETHRO TULL

Terça-feira, 2 de agosto de 1988. Novamente estou no Gigantinho. Desta vez a festa fica por conta do lendário Jethro Tull. Identifico-me muito com o rock feito no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 e foi nesta época que surgiu o Tull. Agora, já com 20 anos de estrada, o Jethro Tull pinta aqui no Sul e eu, de maneira nenhuma, poderia perder este espetáculo.

Foram exatamente 2h de muito rock (folk, progressivo, psicodélico, heavy), tudo comandado por Ian Anderson, mesmo quarentão, com todo o pique magistral de sempre. Alias, a banda subiu ao palco acompanhados de enfermeiras, em cadeiras de rodas, fazendo uma alusão ao fato de serem velinhos. Mas, velinhos bom de rock! Como disse eu não poderia perder este espetáculo e muito menos deixar de registrar nos anais deste blog o espetáculo apresentado pelo Jethro Tull.


Texto: Denilson Rosa dos Reis

Ilustração: Diego Müller (RS)