domingo, 14 de abril de 2013

SANTANA

Arte de Gervásio Santana

O guitarrista Carlos Santana veio a POA para um show de divulgação de seu mais recente trabalho, o disco “Dance of the Rainbow Serpent”. Esta é a segunda aparição de Santana. A primeira foi no remoto ano de 1973.

Domingo, 24 de março de 1996, às 20h50min sobem ao palco Carlos Santana e sua banda. Foi impossível não se arrepiar com seus solos e a percussão latina mantendo o ritmo, logo já estávamos balançando os quadris – é inevitável. Infelizmente o show teve a pior equalização dos últimos tempos, só melhorando um pouco após as primeiras músicas. Mas o que importa é a performance de Santana, sua guitarra é algo único na música, algo que nos transporta para outras dimensões, algo ritualístico. Aliás seu último disco traz temas nestas linhas, com alusões aos povos pré-colombianos e aos aborígenes australianos.

Santana deu mais ênfase a seu disco “Brother” (1994), gravado com seu irmão Jorge Santana. Mas os jurássicos, como eu, fomos recompensados com clássicos como “Samba Pati”, “Black Magic Woman” e “Oye Como Vá?” – as duas últimas fazendo parte do bis. Durante o show Carlos Santana comunicou-se com o público, o que não foi muito difícil devido a seu espanhol. Nos seus discursos falou em luz, paz, amor e harmonia que sua música procura levar as pessoas. A banda que acompanhou Santana tinha Chester Thompson (teclados), Myron Dove (baixo), Billy Johnson (bateria), Tony Lindsay (vocal) e dois percussionistas.

No final, após 2h e 30min, vimos um show magnífico proporcionado por um guitarrista que não quer impressionar com virtuosismos, mas sim tocar fundo nossas almas.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Gervásio Santana (RS)

JOÃO BOSCO

Arte de Paulo Fernando

IAPI é um dos bairros mais importantes de POA. Dalí saiu grandes nomes da cultura gaúcha e muitos intelectuais. Entre outros podemos citar a grande e imortal Elis Regina. Sabendo disso a Prefeitura de POA resolveu trazer João Bosco para uma apresentação ao ar livre para os moradores do bairro e quem mais se interessasse em aparecer lá.

Na abertura teve o músico gaúcho Nelson Coelho de Castro. Logo em seguida foi o tão esperado João Bosco. Ele vem acompanhado por dois músicos, sendo Vitor Biglione como solista, e o cara desmonta. É um excelente violonista e teve grande destaque no show.

João Bosco começou tocando várias de suas músicas e logo atacou com composições de outros monstros da MPB como Caetano Veloso e Gilberto Gil, inclusive quando cantou “Expresso 2222” do Gil, o público que até então permanecia sentado no gramado do parque, resolveu levantar e a partir daí o frenesi foi total e culminou com “Papel Machê”, cantada em coro por todos. Para o bis João Bosco reservou “O Bêbado e o Equilibrista”, música imortalizada na voz de Elis Regina.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Paulo Fernando (CE)