Arte de João Anselmi |
Na
história do rock é cíclico aparecer a “banda” do momento. Na década de 1980,
surgiu uma banda alardeada como o novo fenômeno do rock, o Guns’n’Roses. Num
primeiro momento o pessoal do rock “das antigas” ficou com esta impressão, mas
logo, em especial após a participação no Rock in Rio vimos que se tratava de
uma grande banda, com músicos de primeira linha e composições que ficariam
eternizadas na galera do rock.
Não
tive o privilégio de ver o Guns’n’Roses no auge, com a formação clássica com
Slash na guitarra e tal. Quando o Guns veio a Porto Alegre pela primeira vez
com a formação em que sobrou apenas o Axl Rose como membro original da banda,
não me senti com vontade de ir ao show. Não era o Guns que aprendi a curtir,
então deixei a oportunidade passar. Mas, em 03 de abril de 2014, influenciado
pelos meus filhos que queriam ir ao show, acabei vendo o Guns ao vivo.
Antes
de falar do show é importante registrar o péssimo local escolhido, ou melhor, a
estrutura montada para o evento: o pavilhão da Fiergs. O palco ficou muito
baixo e quem estava a partir da quinta ou sexta fileira de público só via
cabeças e braços abertos para cima. Tivemos que ficar empoleirados numas grades
de contenção, bem no final do pavilhão. O som ficou horrível, sem a mínima
definição.
Mas
vamos ao show. Embora em um local ruim e com som péssimo, o show em si é um
espetáculo. Temos ao longo de 3 horas um desfile de hits radiofônicos e
clássicos do rock. Standard do rock com “Welcome To The Jungle” e “Paradise
City”; baladas como “November Rain” e
“Don’t Cry”; metaleiras como “You Could Be Mine” e “Sweet Child O’Mine”;
releituras como “Live and Let Die” e “Knookin’on Heaven’s Door”; e tantas
outras, sem falar que entre uma e outra música a banda chamava parte de músicas
do Led Zeppelin, Rolling Stones e até o “Tema da Vitória do Senna”. O público
cantava junto, o que fazia o fato da sonorização ruim ser amenizado. Aliás, o
público delirou mesmo, curtiu muito o show, até porque a grande dúvida seria a
performance de Axl Rose, a estrela remanescente do Guns, e esta dúvida foi
sanada com Axl cantando bem e tendo uma desenvoltura no palco parecida com as do
auge do Guns’n’Roses.
Texto: Denilson
Rosa dos Reis
Ilustração: João
Pedro Anselmi (RS)
Guns’n’Roses ao vivo
em Porto Alegre
Clic na foto
para ver o vídeo gravado por Denilson Reis
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