segunda-feira, 30 de junho de 2014

GUNS’N’ROSES

Arte de João Anselmi
Na história do rock é cíclico aparecer a “banda” do momento. Na década de 1980, surgiu uma banda alardeada como o novo fenômeno do rock, o Guns’n’Roses. Num primeiro momento o pessoal do rock “das antigas” ficou com esta impressão, mas logo, em especial após a participação no Rock in Rio vimos que se tratava de uma grande banda, com músicos de primeira linha e composições que ficariam eternizadas na galera do rock.

Não tive o privilégio de ver o Guns’n’Roses no auge, com a formação clássica com Slash na guitarra e tal. Quando o Guns veio a Porto Alegre pela primeira vez com a formação em que sobrou apenas o Axl Rose como membro original da banda, não me senti com vontade de ir ao show. Não era o Guns que aprendi a curtir, então deixei a oportunidade passar. Mas, em 03 de abril de 2014, influenciado pelos meus filhos que queriam ir ao show, acabei vendo o Guns ao vivo.

Antes de falar do show é importante registrar o péssimo local escolhido, ou melhor, a estrutura montada para o evento: o pavilhão da Fiergs. O palco ficou muito baixo e quem estava a partir da quinta ou sexta fileira de público só via cabeças e braços abertos para cima. Tivemos que ficar empoleirados numas grades de contenção, bem no final do pavilhão. O som ficou horrível, sem a mínima definição.

Mas vamos ao show. Embora em um local ruim e com som péssimo, o show em si é um espetáculo. Temos ao longo de 3 horas um desfile de hits radiofônicos e clássicos do rock. Standard do rock com “Welcome To The Jungle” e “Paradise City”; baladas como  “November Rain” e “Don’t Cry”; metaleiras como “You Could Be Mine” e “Sweet Child O’Mine”; releituras como “Live and Let Die” e “Knookin’on Heaven’s Door”; e tantas outras, sem falar que entre uma e outra música a banda chamava parte de músicas do Led Zeppelin, Rolling Stones e até o “Tema da Vitória do Senna”. O público cantava junto, o que fazia o fato da sonorização ruim ser amenizado. Aliás, o público delirou mesmo, curtiu muito o show, até porque a grande dúvida seria a performance de Axl Rose, a estrela remanescente do Guns, e esta dúvida foi sanada com Axl cantando bem e tendo uma desenvoltura no palco parecida com as do auge do Guns’n’Roses.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: João Pedro Anselmi (RS)

Guns’n’Roses ao vivo em Porto Alegre



Clic na foto para ver o vídeo gravado por Denilson Reis

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