Ilustração de João Pedro |
No dia 06 de
maio de 1999, Porto Alegre recebeu um show realmente de peso: Metallica. Quem fez as honras da
abertura da noite foi a banda da casa, ou seja, o Sepultura, que trouxe na bagagem o novo CD “Against” e um novo
vocalista, o norte-americano Derrick Greene. Claro que o Max Cavalera faz
falta, mas mais pelo que representa a figura do Max do que pela imposição
vocal. Neste quesito, Derrick Green foi um escolha acertada. O Show do
Sepultura foi bom, procuraram tocar todos os clássicos que o público espera
ouvir, com destaque para a antiga, mas muito boa, “Toops of Doom”.
Depois de meia
hora para troca de equipamentos, é a vez de o Metallica subir ao palco ao som
de uma trilha sonora que parecia abertura de um filme de faroeste. James
Hetfield e Kirk Hammett (guitarras), Jason Newsted (baixo) e Lars Ulrich
(bateria), fizeram um show bom, mas muito longo. Embora o show fosse para
divulgar o novo CD “Garage Inc.”, o Metallica tocou músicas de todos seus
trabalhos anteriores, o que agradou aos verdadeiros fãs, mas desgostou aos
iniciados de última hora. Particularmente não tenho do que reclamar pois o que
eu queria ver o Metallica tocar, eu vi: “Mater of Puppts”, “One”, “Sad But
True”, “Nothing Else Matters” e o hit do álbum preto, “Enter Sandman”. O
problema é que o show ficou longo com muitas músicas pouco conhecidas do
público.
No final ficou a
sensação de dever cumprido. Assistimos há um ótimo show, com um som de primeira
qualidade, de uma banda que conquistou seu espaço no cenário das grandes
bandas.
Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: João Pedro Anselmi (RS)
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