segunda-feira, 30 de junho de 2014

SONORIDADES MÚLTIPLAS 03

Capa produzida por Sandro Andrade
Fanzine é uma revista de fã, uma publicação artesanal onde a pessoal que faz a publicação coloca alí aquilo que é fã. O blog Sonoridades Múltiplas surgiu para colocar online o material que publico de forma impressa no fanzine de mesmo nome. Este mês estou lançando mais um número do fanzine e quem estiver interessado em ter a publicação impressa com os artigos que são publicados neste blog, é só mandar um e-mail (tchedenilson@gmail.com).

Este zine resgata minhas andanças pelos palcos roqueiros com comentários de shows que assisti no final da década de 1990. Muito rock’n’roll, tudo ilustrado por feras do quadrinho nacional. Colaboram como ilustradores: Alex Doeppre (RS), Anderson Ferreira (RS), Batata (SP), Bira Dantas (SP), Diego Müller (RS), Gazy Andraus (SP), João Pedro Anselmi (RS), Laerçon Santos (SP), Luciano Irrthum (MG), Marcelo Tomazi (RS), Paulo Fernando (CE), Ronilson Leal (MG) e Sandro Andrade (RS). O zine traz também o encarte “A Era de Plástico”, editado por Alex Doeppre, destacando o rock dos anos 1980. São 20 páginas, formato A5, xerox, R$ 3,00.

GUNS’N’ROSES

Arte de João Anselmi
Na história do rock é cíclico aparecer a “banda” do momento. Na década de 1980, surgiu uma banda alardeada como o novo fenômeno do rock, o Guns’n’Roses. Num primeiro momento o pessoal do rock “das antigas” ficou com esta impressão, mas logo, em especial após a participação no Rock in Rio vimos que se tratava de uma grande banda, com músicos de primeira linha e composições que ficariam eternizadas na galera do rock.

Não tive o privilégio de ver o Guns’n’Roses no auge, com a formação clássica com Slash na guitarra e tal. Quando o Guns veio a Porto Alegre pela primeira vez com a formação em que sobrou apenas o Axl Rose como membro original da banda, não me senti com vontade de ir ao show. Não era o Guns que aprendi a curtir, então deixei a oportunidade passar. Mas, em 03 de abril de 2014, influenciado pelos meus filhos que queriam ir ao show, acabei vendo o Guns ao vivo.

Antes de falar do show é importante registrar o péssimo local escolhido, ou melhor, a estrutura montada para o evento: o pavilhão da Fiergs. O palco ficou muito baixo e quem estava a partir da quinta ou sexta fileira de público só via cabeças e braços abertos para cima. Tivemos que ficar empoleirados numas grades de contenção, bem no final do pavilhão. O som ficou horrível, sem a mínima definição.

Mas vamos ao show. Embora em um local ruim e com som péssimo, o show em si é um espetáculo. Temos ao longo de 3 horas um desfile de hits radiofônicos e clássicos do rock. Standard do rock com “Welcome To The Jungle” e “Paradise City”; baladas como  “November Rain” e “Don’t Cry”; metaleiras como “You Could Be Mine” e “Sweet Child O’Mine”; releituras como “Live and Let Die” e “Knookin’on Heaven’s Door”; e tantas outras, sem falar que entre uma e outra música a banda chamava parte de músicas do Led Zeppelin, Rolling Stones e até o “Tema da Vitória do Senna”. O público cantava junto, o que fazia o fato da sonorização ruim ser amenizado. Aliás, o público delirou mesmo, curtiu muito o show, até porque a grande dúvida seria a performance de Axl Rose, a estrela remanescente do Guns, e esta dúvida foi sanada com Axl cantando bem e tendo uma desenvoltura no palco parecida com as do auge do Guns’n’Roses.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: João Pedro Anselmi (RS)

Guns’n’Roses ao vivo em Porto Alegre



Clic na foto para ver o vídeo gravado por Denilson Reis