terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

METALLICA

Ilustração de João Pedro
No dia 06 de maio de 1999, Porto Alegre recebeu um show realmente de peso: Metallica. Quem fez as honras da abertura da noite foi a banda da casa, ou seja, o Sepultura, que trouxe na bagagem o novo CD “Against” e um novo vocalista, o norte-americano Derrick Greene. Claro que o Max Cavalera faz falta, mas mais pelo que representa a figura do Max do que pela imposição vocal. Neste quesito, Derrick Green foi um escolha acertada. O Show do Sepultura foi bom, procuraram tocar todos os clássicos que o público espera ouvir, com destaque para a antiga, mas muito boa, “Toops of Doom”.

Depois de meia hora para troca de equipamentos, é a vez de o Metallica subir ao palco ao som de uma trilha sonora que parecia abertura de um filme de faroeste. James Hetfield e Kirk Hammett (guitarras), Jason Newsted (baixo) e Lars Ulrich (bateria), fizeram um show bom, mas muito longo. Embora o show fosse para divulgar o novo CD “Garage Inc.”, o Metallica tocou músicas de todos seus trabalhos anteriores, o que agradou aos verdadeiros fãs, mas desgostou aos iniciados de última hora. Particularmente não tenho do que reclamar pois o que eu queria ver o Metallica tocar, eu vi: “Mater of Puppts”, “One”, “Sad But True”, “Nothing Else Matters” e o hit do álbum preto, “Enter Sandman”. O problema é que o show ficou longo com muitas músicas pouco conhecidas do público.

No final ficou a sensação de dever cumprido. Assistimos há um ótimo show, com um som de primeira qualidade, de uma banda que conquistou seu espaço no cenário das grandes bandas.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: João Pedro Anselmi (RS)

OS CHEGADOS

Arte de Anderson Ferreira
Finalmente posso dizer que vi uma grande atração do cenário pop/rock nacional em minha cidade: Alvorada/RS. As grandes bandas gaúchas já haviam tocado por aqui, mas nunca esperei que não fosse preciso ir a Porto Alegre para ver um show como o “OS Chegados”. O show é uma ‘jam session’ com músicos consagrados do rock nacional. Em Alvorada vieram: Rodolfo e Canisso (Raimundos), Nasi (Ira!), Black Alien (Planet Hemp), a turma do Rumbora e os gaúchos, Rafael Malenoti (Acústicos & Valvulados), Piá (happer) e a galera da Comunidade Nin-Jitsu.

A festa começou com o show de abertura a cargo da banda Rumbora, que mostrou muita pegada com ótima presença do baterista Bacalhau, mas não chegou a levantar a galera. Credito a isso, a falta de conhecimento das músicas. Mas o que interressava mesmo era a ‘jam’ que iniciou com o Rumbora chamando Rodolfo ao palco pra detonarem clássicos dos Ramones com “Rock’n’roll Radio”, “Sheena is a Punk Rocker” e “Surfin Bird”. A estas alturas, Canisso já tinha mostrado a que veio. A melhor parte do show foi quando Nasi assumiu os vocais e detonou Sex Pistols, The Clash e mais Ramones. Neste momento, Rafael faz as horas da casa cantando uma do TSOL.

No terceiro momento o palco tinha mais de dez componentes, entre os já citados, juntou-se a galera da Comunidade Nin-Jitsu para cantarem “Detetive” e “Surfista Calhorda”. Depois a Comunidade chamou Black Alien e o happer Piá para o momento reggae e hap da noite. No final a formação que iniciou a noite volta ao palco para detonar mais clássicos nacionais e internacionais: “Até Quando Esperar” (Plebe Rude), “Give Way” (Red Hot Chilli Peppers) e “Enter Sandman” (Metallica). Na saideira, Nasi chamou “Núcleo Base” e meio no improviso tocaram “Puteiro em João Pessoa”. A gelera agradeceu e queria mais, mesmo depois de 3 horas de show.

Texto: Denilson Rosa dos Reis

Ilustração: Anderson ANDF (RS)