quinta-feira, 25 de julho de 2013

KISS

Arte de Luciano Irrthum
Finalmente Porto Alegre recebeu um megashow: “Psico Circus” da banda Kiss. O famoso show em 3D ocorreu no dia 15 de abril de 1999 no Jockey Club de Porto Alegre. Durante o deslocamento já se tinha uma ideia da grandiosidade do evento. Milhares de jovens, todos de preto e alguns mascarados invadiram o centro da cidade para pegar o ônibus que levava até o Jockey. Ali já iniciaram o ritual de gritaria e das ‘guampinhas’ quando encontravam amigos ou se parasse ao lado de alguma caravana vinda do interior do estado.

A abertura ficou cargo da banda alemã Ramstein, que subiu o palco com o vocalista literalmente em chamas. Quando o relógio marcava 22h30, uma imensa cortina cobriu o palco para ser derrubada ao som de “Psico Circus”, os quatro mascarados estavam no palco: Peter Cris (bateria), Ace Frenley (guitarra), Paul Staley (guitarra/voz) e Gene Simmons (baixo/voz). A banda vai apresentando tudo aquilo que se esperava muitos efeitos de fogos e imagens, Simmons mostrando a língua e cuspindo fogo, enquanto Staley tratava de conduzir a galera no ‘tira e bota’ dos óculos para os momentos em que o telão mostrava imagens em 3D, aliás, a grande sacada do show. Simmons e Staley tinham a atenção maior, Frenley e Cris puderam também tê-la nos seus momentos solos, que infelizmente deixaram a desejar. O solo de Frenley chegou a ficar muito chato a certa altura do set.

Quanto às músicas, os fãs não puderam se queiar. A banda desfilou vários clássicos como “Detroit Rock City”, “Love Gun” em que Staley voou sobre o público, “Shock Me” e outras. Até Cris teve seu momento de ovação ao fazer um descarado playback na clássica “Beth”. Mas a música que levantou as mais de 40 mil pessoas foi mesmo “Rock’n’roll All Nite”. Resumindo, tivemos duas horas de um magnífico espetáculo.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Luciano Irrthum (MG)

YES

Arte de Gazy Andraus
Na terça-feira, 19 de maio de 1998, Porto Alegre pode saciar sua sede de boa música e assistir um dos ‘jurássicos’ do rock: Yes. Diferente dos amiginho do Spilberg, estes são de verdade e estão vivos. O Yes está em turnê mundial do lançamento de seu novo trabalho: “Open Your Eyes”, comemorando 29 anos de estrada e trazendo de volta o guitarrista Steve Howe. A banda já computou 13 integrantes neste tempo todo e aqui em Porto Alegre baixou com  Jon Anderson (voz), Cris Suire (baixo), Alan White (bateria), Steve Howe (guitarra), Billy Sherwood (teclados) e o guitarrista convidado Igor Koroshev.

O show começa pontualmente às 22h e o Yes vai mostrando a que veio: satisfazer o público que na esmagadora maioria os assiste pela primeira vez depois de mais de 20 anos de espera. Todas as músicas e os solos que se esperavam tiveram presentes e ninguém pode dizer eu faltou esta ou aquela canção. O show foi completo!

Para mim, um show a parte era ver Steve Howe. Assim, procurei um local privilegiado para vê-lo. O cara deu uma aula de cordas, ora de guitarra (5 modelos diferentes), ora de violão (3 modelos diferentes). O destaque ficou para seu momento solo em que interpretou dois temas, enre eles a clássicas “Mother for a Day”. Quem me surpreendeu também foi o baixista Cris Squire. Já havia visto alguns vídeos ao vivo do Yes e nunca me chamou a atenção os solos do baixista como neste show, onde foi genial. Outro momento que não esperava neste show era a execução do megahit “Owner of a Lonely Heart” por ser composição do guitarrista Trevor Rabin. O Yes desfilou seus clássicos por duas horas e voltou para o bis tocando a imortal “Roundabout” de 1972. O público, é claro, saiu de alma lavada.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Gazy Andraus (SP)