Imagem: Laudo Ferreira Júnior |
Nos anos 1970, o vocalista do grupo de heavy metal – Black Sabbath – Ozzy Osbourne, tornou-se uma das figuras mais representativas do rock mundial. No palco, sua banda chamou atenção por um som agressivo, com batidas pesadas e andamento rápido em muitas de suas linhas melódicas e riffs de guitarra. Ozzy também se destacou pelas excentricidades: mordia morcegos ao vivo, usava crucifixo virado e se colocava do lado negro da força. Muitos o consideravam satanista. E as drogas? Ozzy chegou a comentar: “Tomei tanta droga que isto alterou meu DNA”.
Aos 62 anos, Ozzy chegou ao Brasil com a turnê “Scream” e Porto Alegre foi o primeiro compromisso, no dia 30 de março de 2011, no Ginásio Gigantinho, onde sua banda – Black Sabbath – com Ronnie James Dio (hoje falecido), já havia se apresentado em 1992. Por volta das 18h, o público já era intenso, o que se confirmou com quase 15 mil pessoas dentro do Ginásio na hora do show, que teve abertura dos gaúchos da banda Gunport.
Quando o relógio marcou 21h e apagaram-se as luzes, Ozzy Osbourne subiu ao palco e mostrou suas credenciais com a clássica “Bark At The Moon”, de seu disco solo de 1983. Logo foi desfilando repertório de sua respeitável carreira solo e o público reverenciando o denominado ‘Príncipe das Trevas’ – alusão a seus áureos tempos. Em “Mr. Crowley”, o Gigantinho virou uma catedral gótica com a tecladeira sinfônica da abertura. Mas, quando vieram as clássicas do Sabbath, “War Pigs” e mais tarde “Iron Man”, o público foi ao delírio, o coro em “War Pigs” foi de arrepiar! Durante 1h e 40min Ozzy Osbourne pulou no palco, caminhou de um lado para o outro, conversou com o público, além de sorrir o tempo todo demonstrando que estava curtindo a apresentação.
Para um senhor que poderia ser avô de boa parte dos que o assistiam, mostrou pique de um ‘iron man’ e ainda bateu cabeça par a par com o guitarrista Gus G. Além de Gus, acompanharam Ozzy o tecladista Adam Wakerman e a cozinha do White Zumbie Rob Blascko (baixo) e Tommy Clufetos (bateria). No bis, Ozzy apresentou “Mama, I’m Coming Home” e “Paranoid”, para deixar todos paranóicos com o showzaço.
Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Laudo ferreira Júnior (SP)
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