segunda-feira, 2 de maio de 2011

SONORIDADES MÚLTIPLAS


Prezados Amigos!


Estréia hoje um novo blog da Tchê Produções HQ, o2010, trazendo comentários de shows de minhas andanças pelas platéias da vida, sejamreproduzindo estes comentários, tanto os datados como os mais recentes. Osobra prima de Laudo Ferreira Júnior. Sempre que puderem deixem comentários e assinem Sonoridades Múltiplas. A idéia é a mesma, levar para o mundo virtual as publicações impressas. O fanzine Sonoridades Múltiplas iniciou sua trajetória ano passado – em estádios, ginásios, teatros ou praças públicas. No blog, mensalmente estarei artigos virão sempre com ilustrações de desenhistas renomados do quadrinho nacional, e na estréia, uma como seguidores. Para adquirir o zine impresso, entre em contato por e-mail. Boa leitura!

OZZY OSBOURNE


Imagem: Laudo Ferreira Júnior
Nos anos 1970, o vocalista do grupo de heavy metal – Black Sabbath – Ozzy Osbourne, tornou-se uma das figuras mais representativas do rock mundial. No palco, sua banda chamou atenção por um som agressivo, com batidas pesadas e andamento rápido em muitas de suas linhas melódicas e riffs de guitarra. Ozzy também se destacou pelas excentricidades: mordia morcegos ao vivo, usava crucifixo virado e se colocava do lado negro da força. Muitos o consideravam satanista. E as drogas? Ozzy chegou a comentar: “Tomei tanta droga que isto alterou meu DNA”.

Aos 62 anos, Ozzy chegou ao Brasil com a turnê “Scream” e Porto Alegre foi o primeiro compromisso, no dia 30 de março de 2011, no Ginásio Gigantinho, onde sua banda – Black Sabbath – com Ronnie James Dio (hoje falecido), já havia se apresentado em 1992. Por volta das 18h, o público já era intenso, o que se confirmou com quase 15 mil pessoas dentro do Ginásio na hora do show, que teve abertura dos gaúchos da banda Gunport.

Quando o relógio marcou 21h e apagaram-se as luzes, Ozzy Osbourne subiu ao palco e mostrou suas credenciais com a clássica “Bark At The Moon”, de seu disco solo de 1983. Logo foi desfilando repertório de sua respeitável carreira solo e o público reverenciando o denominado ‘Príncipe das Trevas’ – alusão a seus áureos tempos. Em “Mr. Crowley”, o Gigantinho virou uma catedral gótica com a tecladeira sinfônica da abertura. Mas, quando vieram as clássicas do Sabbath, “War Pigs” e mais tarde “Iron Man”, o público foi ao delírio, o coro em “War Pigs” foi de arrepiar! Durante 1h e 40min Ozzy Osbourne pulou no palco, caminhou de um lado para o outro, conversou com o público, além de sorrir o tempo todo demonstrando que estava curtindo a apresentação.

Para um senhor que poderia ser avô de boa parte dos que o assistiam, mostrou pique de um ‘iron man’ e ainda bateu cabeça par a par com o guitarrista Gus G. Além de Gus, acompanharam Ozzy o tecladista Adam Wakerman e a cozinha do White Zumbie Rob Blascko (baixo) e Tommy Clufetos (bateria). No bis, Ozzy apresentou “Mama, I’m Coming Home” e “Paranoid”, para deixar todos paranóicos com o showzaço.


Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Laudo ferreira Júnior (SP)