segunda-feira, 11 de abril de 2016

TRIBUTO: JÚPITER MAÇÃ

Na platéia aguardando ao show
Domingo, 13 de março de 2016 ocorreu um tributo a Júpiter Maçã, músico gaúcho falecido em 2015, aos 47 anos. O evento reuniu mais de 30 músicos que participaram direta ou indiretamente da carreira do músico, no auditório Araújo Vianna em Porto Alegre/RS.

Júpiter Maçã iniciou sua carreira na década de 1980 no TNT, ao lado de Charles Master, Nei Van Sória e Felipe Jotz. Na época, Júpiter usava seu nome de batismo, Flávio Basso e compôs alguns clássicos da banda, gravados em seu primeiro disco. Flávio e Nei deixaram o TNT para criar uma das bandas mais cultuadas do rock gaúcho. Ao lado de Frank Jorge e Alexandre Barea surgiu Os Cascavelletes.

Foi com os Cascavelletes que Flávio ficou conhecido nacionalmente com músicas escrachadas como “Morte por tesão”, “Nega Bombom” e baladas sangrentas como “Sob um Céu de Blues”. “Nega Bombom” chegou a integrar trilha sonora de novela da Globo!

Com o fim dos Cascavelletes, no início dos anos 1990, Flávio assume a alcunha de Júpiter Maçã e lança o clássico disco A Sétima Efervescência (1997). O disco mostra toda a pegada psicodélica que viria a consagrar o músico. Entre as músicas podemos destacar “Lugar do Caralho”, que futuramente viria a integrar a trilha sonora do filme Wood & Stock, animação de Otto Guerra.

Júpiter Maçã lançou ainda: Plastic Soda (1999), onde passou a assinar seu nome em inglês, Júpiter Apple, Hisscivilization (2002), Bitter (2007), Uma Tarde na Fruteira (2008) e o DVD Six Colours of Frenesi (2014). Sua morte o impediu de lançar novos trabalhos que estavam previstos para 2016.

O tributo foi comandado pro Carlinhos Carneiro da banda Bidê ou Balde e contou com a participação, entre outros, de Duda Calvin, da Tequila Baby; Frank Jorge; Marcelo Gross, da Cachorro Grande; Rafael Malenotti, dos Acústicos e Valvulados; Wander Wildner; Edgard Scandurra, do Ira!; além de companheiros de banda como Nei Van Sória, ex-Cascavelletes, e Marcio Petracco, ex-TNT.

O público pôde se deliciar com o repertório que não deixou de fora praticamente nenhuma das canções de Júpiter. Tivemos: “Entra Nessa”, “Sob um Céu de Blues”, “Lobo da Estepe”, “Um Lugar do Caralho”, “Beatle George”, “As Tortas e as Cucas”, “A Marchinha Psicótica de Dr. Soup”. Um dos momentos mais bacanas foi “Miss Lexotan” cantada pelo guitarrista Edgard Scandurra. Scandurra e sua banda Ira! gravaram esta no disco Você Não Sabe Quem Eu Sou de 1998. Tributo ao Júpiter Maçã foi uma grande iniciativa dos músicos gaúchos.

Assista Edgar Scandurra no Tributo a Júpiter Maçã ao vivo em Porto Alegre/RS clicando na imagem abaixo:

Scandurra, "Miss Lexotan"

Veja galeria de fotos do Tributo a Júpiter Maçã em Porto Alegre/RS clicando na imagem abaixo:

Márcio Petracco e Tchê Gomes

Texto, fotos e vídeo: Denilson Rosa dos Reis