Na platéia aguardando ao show |
Domingo,
13 de março de 2016 ocorreu um tributo a Júpiter Maçã, músico gaúcho falecido
em 2015, aos 47 anos. O evento reuniu mais de 30 músicos que participaram
direta ou indiretamente da carreira do músico, no auditório Araújo Vianna em
Porto Alegre/RS.
Júpiter
Maçã iniciou sua carreira na década de 1980 no TNT, ao lado de Charles Master,
Nei Van Sória e Felipe Jotz. Na época, Júpiter usava seu nome de batismo,
Flávio Basso e compôs alguns clássicos da banda, gravados em seu primeiro
disco. Flávio e Nei deixaram o TNT para criar uma das bandas mais cultuadas do
rock gaúcho. Ao lado de Frank Jorge e Alexandre Barea surgiu Os Cascavelletes.
Foi
com os Cascavelletes que Flávio ficou conhecido nacionalmente com músicas escrachadas
como “Morte por tesão”, “Nega Bombom” e baladas sangrentas como “Sob um Céu de
Blues”. “Nega Bombom” chegou a integrar trilha sonora de novela da Globo!
Com
o fim dos Cascavelletes, no início dos anos 1990, Flávio assume a alcunha de
Júpiter Maçã e lança o clássico disco A Sétima Efervescência (1997). O disco
mostra toda a pegada psicodélica que viria a consagrar o músico. Entre as
músicas podemos destacar “Lugar do Caralho”, que futuramente viria a integrar a
trilha sonora do filme Wood & Stock, animação de Otto Guerra.
Júpiter
Maçã lançou ainda: Plastic Soda (1999), onde passou a assinar seu nome em
inglês, Júpiter Apple, Hisscivilization (2002), Bitter (2007), Uma Tarde na
Fruteira (2008) e o DVD Six Colours of Frenesi (2014). Sua morte o impediu de
lançar novos trabalhos que estavam previstos para 2016.
O
tributo foi comandado pro Carlinhos Carneiro da banda Bidê ou Balde e contou
com a participação, entre outros, de Duda Calvin, da Tequila Baby; Frank Jorge;
Marcelo Gross, da Cachorro Grande; Rafael Malenotti, dos Acústicos e
Valvulados; Wander Wildner; Edgard Scandurra, do Ira!; além de companheiros de
banda como Nei Van Sória, ex-Cascavelletes, e Marcio Petracco, ex-TNT.
O
público pôde se deliciar com o repertório que não deixou de fora praticamente
nenhuma das canções de Júpiter. Tivemos: “Entra Nessa”, “Sob um Céu de Blues”,
“Lobo da Estepe”, “Um Lugar do Caralho”, “Beatle George”, “As Tortas e as
Cucas”, “A Marchinha Psicótica de Dr. Soup”. Um dos momentos mais bacanas foi
“Miss Lexotan” cantada pelo guitarrista Edgard Scandurra. Scandurra e sua banda
Ira! gravaram esta no disco Você Não Sabe Quem Eu Sou de 1998. Tributo ao
Júpiter Maçã foi uma grande iniciativa dos músicos gaúchos.
Assista Edgar Scandurra no Tributo a Júpiter Maçã ao vivo em Porto Alegre/RS clicando na imagem abaixo:
Scandurra, "Miss Lexotan" |
Veja galeria de fotos do Tributo a Júpiter Maçã em Porto Alegre/RS clicando na imagem abaixo:
Márcio Petracco e Tchê Gomes |