segunda-feira, 17 de junho de 2019

MEU VOTO


Texto escrito na semana das eleições 2018.

Sou professor de história mas, mesmo antes de entrar para a universidade e estudar a História a fundo, já defendia um pensamento de esquerda, socialista. Fui um dos primeiros militantes do PT em Alvorada/RS. Cheguei a acreditar no partido até o início dos anos 90. Mas com a saída da Convergência Socialista do partido e a fundação do PSTU, passei a militar neste partido.

Vez por outra, voto em candidatos do PT, como o caso de Olívio Dutra, minha maior referência na política. Em outros momentos, quando algum candidato da direita chega ao segundo turno contra um candidato do PT, acabo fazendo o voto necessário para evitar a direita neoliberal o poder.

Confesso que fiquei emocionado com a posse de Lula, mesmo não tendo votado nele no primeiro turno. Mas nunca deixei de criticar a postura de seu governo e a influência da ala paulista do PT que acabou se enrolando na corrupção. Não vou negar os avanços sociais do governo petista, mas para um socialista, isto foi pouco.

Então, no próximo domingo, estarei colando 16 em todos os espaços abertos na urna eletrônica. O PSTU tem se mostrado um partido autenticamente de trabalhadores, operário e antiburguês. Não pega dinheiro de empresários para fazer suas parcas campanhas, tudo vem da colaboração dos próprios trabalhadores que acreditam no partido, sejam filiados ou não (meu caso). Participa dos mais significativos movimentos de luta dos trabalhadores e das “minorias” e, não faz isso apenas nas vésperas das campanhas, a luta é diária. Hoje, o PSTU me representa!

Texto: Denilson Rosa dos Reis

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

The Cult em Porto Alegre

Ilustração: Paulo Fernando
No final dos anos 1980 e início dos anos 1990 comecei a curtir e conhecer melhor o universo do rock, comprar discos, ir a shows e fazer artigos sobre eles para meu fanzine. Nesta época, surgiu uma banda britânica que tinha uma pegada hard rock, mas sem parecer tão igual as outras.

O visual era diferente do habitual, algo meio pós-punk, mas um som pesado e característico do hard rock. A guitarra com um som e riffs na pegada do AC/DC e um vocal poderoso e com um timbre muito potente. Assim, passei a ter o The Cult como uma das bandas mais interessantes e fantásticas que se consolidou no rock neste período mencionado acima.

Três décadas depois, dia 17 de setembro de 2017, no bar Opinião em Porto Alegre/RS, finalmente tive a oportunidade de estar na frente do palco desta banda, após ter perdido a oportunidade nove anos atrás. A espera valeu a pena! Mesmo trinta anos depois, a pegada poderosa da guitarra de Billy Duffy e a voz arrasadora de Ian Astbury, continuam a mesma.

O show de aproximadamente 1h30 começou com a clássica "Wild Flower", do disco Electric (1987), um dos melhores da banda, se não o melhor. O público começou o show alucinado com os riff de Duffy. Mesmo apresentando músicas mais recentes do disco Hidden City (2016), o público recebeu a banda muito bem, e Astbury percebeu a energia do público e a interação foi fantástica.

A banda mostrou que está em plena forma e que suas músicas viraram clássicos que está na ponta da língua de seus fãs. O repertório contemplou toda a carreira da banda, mesmo não tendo colocado "Revolution" no set list. Por outro lado, quando o show chegava ao fim, veio o bloco arrasador que levou todos a cantarem juntos os clássicos "Sweet Soul Sister", "She Sells Sanctuary" (o maior de todos) e "Fire Woman". E o bis, não poderia ser melhor, atacaram de "Love Removal Machine". Delírio total da plateia.

The Cult mostrou muita vitalidade e um show com muita energia, agradando a todos. Agora é esperar que retornem, pois um show como este, é sempre bom ver mais de uma vez.

Confira The Cult ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:


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Texto, fotos e vídeo: Denilson Reis
Edição de vídeo: Fernanda Reis
Arte: Paulo Fernando (CE)

sábado, 1 de julho de 2017

Steve Vai em Porto Alegre

Arte de Adão de Lima Júnior
O guitarrista Steve Vai esteve em Porto Alegre/RS com a turnê Passion And Warfare 25th Anniversary, onde tocou no auditório Araújo Vianna no dia 06 de junho de 2017.

Para comemorar os 25 anos do lançamento do clássico disco “Passion and Warfare”, Steve Vai saiu em turnê mundial. Em 2017, fez vários shows no Brasil e América Latina no primeiro semestre. Porto Alegre/RS não ficou de fora e os gaúchos puderam ver de perto esta verdadeira lenda da guitarra numa fase fantástica e madura de sua carreira.

Impossível não se emocionar ao ver no telão a cena do filme A Encruzilhada (Crossroads), em que o “diabo” vem cobrar o contrato do jovem guitarrista interpretado por Ralph Macchio. Os solos de guitarra deste filme foram criados por Vai e ele tem que se orgulhar muito de tal criação. Logo Steve aparece com um visual futurista num palco totalmente escuro. Estava começando uma viagem pelo mundo dos solos de guitarra que deixaria o público alucinado por mais de 2h.

Steve Vai fez um primeiro bloco apresentando algumas canções de sua carreira, como “The Crying Machine”, até conversar com o público e apresentar a celebração dos 25 anos de “Passion and Warfare”. Durante a apresentação, foi chamando alguns convidados que apareciam num telão com imagens pré-gravadas, para tocar com ele. O primeiro foi o guitarrista do Queen, Brian May. Mas também tocou com seus contemporâneos como Joe Satriani, que gravou várias intervenções com visuais diferentes e criativos. Não esqueceu também de seu grande amigo com quem começou sua carreira, Frank Zappa.

Os gaúchos tiveram um algo a mais, Steve comemorou 57 anos de vida no dia de sua apresentação em Porto Alegre e claro que teve o tradicional “parabéns pra você”. Mas o momento mágico do show, sem dúvida, foi com a música “For The Love Of God”. Aqui era possível ver o público em gritos e lágrimas aos solos de Steve Vai. Momento de arrepiar!

Confira Steve Vai ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:


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Texto, fotos e vídeo: Denilson Reis
Edição de vídeo: Fernanda Reis

sábado, 28 de janeiro de 2017

Black Sabbath em Porto Alegre

Arte de Sandro Andrade
Lembro bem do ano de 1992 quando assisti ao Black Sabbath pela primeira vez em Porto Alegre/RS. Foi no ginásio Gigantinho completamente lotado e com a formação praticamente completa. Naquela turnê, Ozzy Osbourne deu lugar a Ronnie James Dio. Dio não era da formação clássica, mas se tornou tão clássico quanto Ozzy em grandes discos do Sabbath.

Quando Ozzy esteve em Porto Alegre no ano de 2011, também no Gigantinho, aproveitei para completar o meu álbum de figurinhas do rock. Também não deixei passar a oportunidade de levar meu filho em 2015 para ver o Ozzy Osbourne na Monster Tour que passou por Porto Alegre no estádio do São José. Mas faltava ver o Ozzy comandando o Sabbath, oportunidade que deixei escapar em 2013.

Quando o Black Sabbath anunciou a turnê “The End”, que segundo eles, marcará o fim oficial da banda, e surgiu a data de 28 de novembro em Porto Alegre, não pensei duas vezes. No primeiro dia da venda dos ingressos corri e garanti duas entradas, uma para mim e outra para meu filho. Era a oportunidade de ver o Ozzy ao lado de Tony Iommi e Geezer Butler.

O show realmente foi em tom de despedida. Ozzy não conseguiu contagiar o público tanto quanto em shows anteriores em Porto Alegre. Iommi esteve tranquilo no palco e Butler continua esbanjando toda sua elegância. O repertório não deixou de fora grandes clássicos como “Iron Man” e “War Pigs”. Abriram com “Black Sabbath” e encerraram como todos imaginavam, com “Paranoid”. Show enxuto, 1h30min de palco com apenas uma música no bis.

O show poderia ter sido mais empolgante, mas foi satisfatório e, ter a oportunidade de presenciar este momento da carreira do Black Sabbath foi como o próprio nome da turnê já diz: uma grande despedida de nossos ídolos. Obrigado Black Sabbath!

Confira Black Sabbath ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:



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Texto, fotos e vídeo: Denilson Rosa dos Reis
Edição de vídeo: Fernanda Barbosa dos Reis
Ilustração: Sandro Andrade (RS) - contato click aqui

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Guns N’ Roses em Porto Alegre

Arte de Jader Corrêa
No final dos anos 80 e início dos 90 uma banda de rock passou a chamar a atenção do público e crítica por reviver os grandes momentos do chamado hard rock. Esta banda atendia pelo nome de Guns N’ Roses. Mas, para os saudosistas do passado, ficava aquele incomodo de que eles jamais seriam os novos Led Zeppelin da vida. Quando a banda veio pela primeira vez no Brasil, no Rock in Rio de 1991, comprovou que se tratava de uma grande banda e tinha um verdadeiro “monstro” na guitarra: Slash.

Após a saída de Slash, a banda esteve duas vezes em Porto Alegre, mas com apenas Axl Rose da formação clássica. Até assisti ao show de 2014, mas para mim, Guns sem o Slash não é Guns. Assim, quando a banda anunciou que retornaria com três de seus integrantes originais (Axl, Slash e Duff) e tocariam em Porto Alegre, não pensei duas vezes, era a oportunidade de ver o Slash frente ao Guns N’ Roses.

O terceiro show do Guns em Porto Alegre ocorreu no Estádio Beira-Rio no dia 08 de novembro de 2016. O público foi de quase 50 mil espectadores. A noite começou com dois shows de abertura. Primeiro veio a DJ Karine Larré, que botou para rodar clássicos do rock e ainda contou com a participação do guitarrista de blues Fernando Noronha numa live. Depois, foi a vez da banda Scalene mostrar o seu rock.

Quando o relógio marcou 21h30 o Guns N’ Roses sobiu ao palco ao som de "It's so Easy". Lá estavam Axl Rose (voz), Slash (guitarra) e Duff Mc Kagan (baixo), abrindo a turnê Not In This Lifetime Tour Latin America, no Brasil. O show foi marcado por uma série de clássicos da banda, para fã algum reclamar. Mas, independente das músicas, lá estava ele, Slash, empunhando sua Gibson e tocando os solos que marcaram uma época. O guitarrista mostrou que realmente é a alma do Guns, com todo o respeito aos demais integrantes. Ver, por exemplo, uma versão “guitarrera” e instrumental da clássica “Whish You Are Here”, do Pink Floyd, não tem preço.

Com este show, o público gaúcho pode voltar para casa com a satisfação de quem viu uma verdadeira lenda do rock ao vivo em sua cidade.

Confira Guns N’ Roses ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:



Confira galeria de fotos do Guns N’ Roses em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:




Texto, fotos e vídeo: Denilson Rosa dos Reis
Montagem do vídeo: Fernanda Barbosa dos Reis
Ilustração: Jader Corrêa (RS)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

2º BB Blues and Jazz

Autógrafo de Stanley Jordan
A população porto-alegrense e das cidades vizinhas tiveram uma grande oportunidade de ouvir música da melhor qualidade e ver músicos fantásticos no palco. Dia 08 de outubro de 2016 realizou-se no Parque da Redenção em Porto Alegre/RS o 2º BB Blues and Jazz. O evento trouxe para o parque nomes consagrado do blues e do jazz, tanto com atrações nacionais como internacionais. O mais bacana é que os shows ocorreram ao ar livre e com entrada franca. Imperdível para os amantes da boa música.

O evento começou ainda pela manhã, se estendeu pela tarde e início da noite. Foram sete atrações, com músicos locais, nacionais e internacionais. Representando o blues gaúcho tivemos João Maldonado Trio. O blues nacional ganhou destaque com a Blues Etílicos. Já o jazz foi representado por Orleans Street Jazz Band, O Bando, Hamilton de Holanda e Dudu Lima, que contou com a participação do guitarman Stanley Jordan. O show de encerramento ficou por conta de Maria Gadú, com um repertório repleto de clássicos do blues contemporâneo.

Os destaques do evento foram Blues Etílicos e Dudu Lima com Stanley Jordan. A banda Blues Etílicos mostrou um blues moderno e com uma pegada roqueira já clássica da banda. Mostrou porque é a melhor banda do gênero, empolgando o público com composições próprias e releituras fantásticas. Dudu Lima, que veio mostrar seu mais recente trabalho, subiu ao palco em formato trio até chamar Stanley Jordan para participação especial. Jordan mostrou toda sua técnica tapping, e levantou os espectadores interpretando canções clássicas como “Eleonor Rigby” dos Beatles e “Stairway to Heaven” do Led Zeppelin. O show de Dudu Lima teve ainda a participação do lendário baterista Ivan “Mamão” Conti.

Precisamos de mais iniciativas como esta para mostrar a população que música boa não é aquela que roda massivamente nas rádios. Que venha o próximo!

Confira Blues Etílicos ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:


Confira Stanley Jordan ao vivo em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:


Confira galeria de fotos do 2º BB Blues and Jazz em Porto Alegre clicando na imagem abaixo:



Texto, fotos e vídeo: Denilson Rosa dos Reis 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Tequila Baby em Alvorada

Henrique Reis, Duda Calvin e Denilson Reis
O dia 13 de agosto de 2016 marcou a primeira apresentação da banda porto-alegrense de punk-rock, Tequila Baby em Alvorada/RS. Conheci Duda Calvin, vocalista da Tequila Baby, no início dos anos 90, andando pelos corredores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, onde nós cursávamos História. De lá para cá, sempre fiquei na expectativa de quando a banda tocaria na minha cidade. Então, mais de 20 anos depois a banda chega por aqui.

Como uma banda com duas décadas de estrada demorou tanto para tocar na cidade? Duda ao subir no palco falou: “finalmente vou poder gritar, Alvorada, nós somos a Tequila Baby”. Demorou muito para o grito de guerra da banda ser gritado em Alvorada. A banda teve que fazer um baita sucesso e gravar 8 discos, sendo um ao vivo ao lado de Mark Ramone, para chegar até a cidade.

Mesmo com todo este sucesso e reconhecimento do público, no show de Alvorada este público ficou bem aquém do que era esperado pela produção do evento. No final do show ficava visível a frustração dos produtores Bolonha e Serginho com a falta de comparecimento do público, algo que deve até influenciar em novas produções.

O importante é que o público que foi ao show não pode reclamar. A banda formada por Duda Calvin (vocal), James Andrew (guitarra), Rodrigo Gaspareto (baixo) e Rafael Heck (bateria) mandaram ver no punk-rock. Fizeram um show com muita intensidade e guitarra distorcida. Não faltou a tradicional roda punk e o mosh do guitarrista James. Músicas como “Velhas Fotos”, “Sexo, Algemas e Cinta-liga”, entre outras foram cantadas em plenos pulmões. Tequila Baby é realmente punk-rock até os ossos!

Confira Tequila Baby ao vivo em Alvorada clicando na imagem abaixo:



Confira galeria de fotos da Tequila Baby em Alvorada clicando na imagem abaixo:



Texto, fotos e vídeo: Denilson Rosa dos Reis